Série design brasileiro
Por Giulia Batista Teixeira, Gustavo de Oliveira Teixeira, Maria Fernanda Ristow
Elifas Vicente Andreato foi um designer gráfico, também jornalista, ilustrador e ativista político paranaense. Nasceu em Rolândia em 1946, passou sua infância sem frequentar a escola porque ajudava os pais que eram lavradores, mas por ser autodidata aprendeu a ler aos 15 anos.
Há diversos artistas da música popular brasileira que tiveram capas produzidas por Elifas, entre eles temos uma ilustração do Gilberto Gil, que foi elaborada para uma coleção publicada pela Editora Globo; a capa do disco “Nação”, da cantora Clara Nunes; uma capa em homenagem aos 70 anos de Adoniran Barbosa que não chegou a ser publicada, e a capa do disco “Clementina, Cadê Você?”, em 1988.
Para o presidente Jair Bolsonaro não houve um golpe militar no país no dia 31 de março de 1964, mas para a maioria dos brasileiros ela existiu e deixou marcas. Pela convivência de Elifas no meio intelectual ele se envolveu com a militância política, e chegou a ser perseguido pelo regime. Em 1972 ele saiu da “Editora Abril” e fundou o jornal “Opinião”, contribuindo com jornais de oposição ao regime. Conta que muitas vezes conseguiam ludibriar a censura, mas outras vezes não. Elifas fez cartazes de teatro, um deles sendo para a peça “Mortos sem Sepultura” (imagem da capa no quarto post), onde ilustrou uma pessoa em um pau-de-arara, colocando um soldado alemão na frente para disfarçar, mas ainda sim, a censura apreendeu os cartazes, dizendo “vamos recolher, porque pau-de-arara é uma invenção brasileira”
Referências
http://www.emporioelifasandreato.com.br/main.asp
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa20620/elifas-andreato
https://artsandculture.google.com/asset/gilberto-gil-elifas-andreato/LwE7TPPGdyYHBQ?hl=pt-br