Gail Anderson é uma designer gráfica, escritora e educadora conhecida por sua habilidade tipográfica, hand lettering e design de pôsteres. Nascida em 1962, no Bronx em Nova Iorque, tem hoje 59 anos.
Sua paixão pelo design teve início com suas colagens feitas a partir de revistas sobre a série de televisão “The Partridge Family” (1970-1974) e o grupo musical “Jackson 5”. Gail se formou na “School of Visual Arts”, faculdade de arte e de design, em Nova York. Algum tempo depois, em 1984, ela atuou brevemente na editora “Vintage Books” e em seguida no jornal “The Boston Globe”. Em 1987, a designer passou a trabalhar na revista “Rolling Stone” onde ascendeu de associada para Diretora de Arte Sênior, saindo em 2002 para se juntar a “SpotCo” – agência líder mundial em publicidade, marketing e branding de entretenimento – como Diretora Criativa de Design. Gail leciona na mesma instituição onde se formou, ou seja, na “School of Visual Arts”, mais especificamente, nos departamentos de Design e de Publicidade. Ela também é diretora criativa na “Visual Arts Press” – estúdio de design da faculdade -, participando da criação de impressos, sites e produtos promocionais da instituição.
Gail recebeu diversos prêmios, em 2008, por exemplo, foi medalhista da AIGA (Instituto Americano de Artes Gráficas) pelo conjunto da obra. Em 2009, ela recebeu o prêmio “Richard Gangel” na categoria de direção de arte e em 2018, uma premiação do evento “National Design Awards”.
Atualmente Gail faz parte do “Type Directors Club” e é membra do Comitê “Citizens’ Stamp Advisory” para o Serviço Postal dos Estados Unidos. A designer ganhou notoriedade, sobretudo, por suas produções no campo da tipografia.
Gail é coautora, junto a Steven Heller, de 10 livros sobre tipografia, entre eles, “New Vintage Type” e “New Ornament Type” (Card 2). Trabalhando ainda com tipografia e ilustrações, ela criou diversas capas para livros. Seu trabalho de tipografia e ilustração também pode ser visto em diversas edições da revista Rolling Stone (Card 3). Gail também criou diversos cartazes para espetáculos da Broadway (Card 4).
No texto “The Black Experience in Graphic Design” (2020), inspirado em um artigo homônimo de 1968, Gail foi entrevistada a respeito das dificuldades enfrentadas ao longo de sua carreira. A designer relatou que quando jovem sofreu racismo no jornal “The Boston Globe”, pois apesar de trabalhar há pelo menos um ano na empresa foi confundida com uma pessoa de baixo status profissional e social. Gail também compartilhou sua visão sobre mudanças futuras:
“Eu vejo uma mudança no horizonte, mas tem que ser mais do que um Band-Aid, ou as pessoas seguirão para quaisquer demandas da mídia social. Nossa batalha contínua é muito mais do que isso – muito mais do que um quadrado preto no Instagram [em menção ao movimento Black lives matter] ou um tweet raivoso (ou mesmo um de solidariedade). Tenho fé que nossa indústria estará à altura da ocasião e se tornará ainda mais forte e melhor. Mas uma mudança duradoura leva tempo, e espero que todos possamos permanecer focados no difícil e às vezes doloroso exame e esforços envolvidos.”
Referências
BOWINS, Pierre. A sin of omission immoral unbalance. Disponível em: <https://www.ucda.com/sin-of-omission/>. Acesso em: 10.06.21.
SCHOOL OF VISUAL ARTS. SVA Subway Series Hall of Fame: Gail Anderson. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VtKV5Z87byA>. Acesso em: 10.06.21.
PRINTMAG. Parte da entrevista realizada com Gail Anderson. Disponível em: <https://www.printmag.com/post/the-black-experience-in-graphic-design-1968-and-2020>. Acesso em: 10.06.21.
GAIL ANDERSON. Disponível em: <https://gailycurl.com/>. Acesso em: 10.06.21.
Texto e imagens produzidos pelos estudantes Emily Lopes Felipe, Giovana Castelan, Heloísa Barbieri, Laryssa Nakagiri Silva de Lima e Renato Augusto Machado para a disciplina de História das Artes Gráficas do Curso de Tecnologia em Design Gráfico da UTFPR. Docente: Profa. Maureen Schaefer França
