Não é raro ouvirmos pessoas se manifestando pela volta da Ditadura Militar. Inclusive, em março de 2021, o governo Bolsonaro ganhou na Justiça o direito de celebrar o golpe de 1964. É provável que parte dessas pessoas se identifiquem de fato com o autoritarismo, a violência e as políticas de censura daqueles anos. Com relação a essas pessoas, é possível que o design, como estratégia de conscientização social, não encontre muita abertura para agir. No entanto, há setores da sociedade que defendem o retorno da Ditadura por desconhecer diversos aspectos que a constituíram. Sendo assim, é importante que voltemos nossas práticas de design para estas pessoas, pois conforme o filósofo espanhol George Santayana (1863-1952) salientou: “quem não recorda o passado está condenado a repeti-lo”.
Nessa perspectiva, estudantes do 2º período do curso de Tecnologia em Design Gráfico da UTFPR – matriculados na disciplina “Fundamentos do Projeto Gráfico” e sob orientação da profa. Maureen Schaefer França – criaram, no segundo semestre de 2021, uma série de cards para o Instagram a fim de dar visibilidade às políticas de repressão e às práticas de resistência que se delinearam ao longo da ditadura civil-militar, os quais compartilharemos nos próximos dias em menção ao golpe militar (31/03/64 – 01/04/64).
Ditadura não se comemora, se repudia! 👊🏽
Referência:
http://memoriasdaditadura.org.br/
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As pessoas representadas no card não estiveram, necessariamente, ligadas diretamente ao Movimento Negro, no entanto, atuaram ativamente no combate à ditadura militar.