Elsie de Wolfe nasceu em 20 de dezembro de 1865 em Nova York, morou na Escócia e chegou a ser apresentada à Rainha Victoria. Seus primeiros trabalhos foram como atriz, que lhe rendia mais elogios às roupas do que à interpretação, segundo as más línguas. Foi a partir de 1900 que deixou o teatro para se dedicar à decoração de interiores.
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Considerada pioneira e inclusive quem definiu a profissão de designer de interiores, afirmava que colocaria beleza em tudo que a cercasse. O primeiro grande projeto foi o Colony Club. O clube iniciou as atividades em 1907 e era frequentado por mulheres importantes com sobrenomes conhecidos e, na maioria, solteiras. Contrariando a moda do estilo vitoriano, com móveis pesados, cores escuras, tecidos volumosos, Elsie defendia “adequação, simplicidade e proporção “, representadas em interiores claros, iluminados e de cores alegres e suaves. Para o Colony Club, levou dois anos coletando amostras de tecidos e materiais para o projeto, que reúne diferentes texturas e materiais.
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Seu estilo de decoração foi considerado prático, pois eliminava o exagero do estilo vitoriano. Reclamou de um padrão no estilo de William Morris certa vez, muito escuro e rebuscado. Gostava de paredes claras, alternando com papéis de parede. Teve entre seus clientes a duquesa de Windsor e o casal Henry e Adelaide Frick, colecionadores de arte. Elsie inclusive cobrava uma porcentagem sobre as obras de arte que indicava aos clientes, prática que se tornou comum no design de interiores.
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Sua vida é tão interessante quanto suas realizações: foi enfermeira durante a Primeira Guerra mundial, casou-se com o diplomata Charles Mendl aos 61 anos, e manteve um longo relacionamento com a agente teatral Elisabeth Marbury. Em 1913 publicou A house in the good taste, uma referência do design de interiores. Morreu na França, em 12 de julho de 1950.